segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Trajetória da Universidade


Com o surgimento das primeiras civilizações, inicia também os sistemas numéricos de contagem e o processo de escritas. Com isso surgiu a necessidade  de uma sistematização desse aprendizado, o que culminava no surgimento de escolas, para se guardar esse conhecimento desenvolve-lo e passar para as próximas gerações. Prova disso  são as escolas escribas sumérios , que  surge por volta de 3.500 a.c.Porém só ensinava a escrita cuneiforme e a matemática.

Platão em sua Academia

Com o passar dos anos estudiosos foram influenciando na história da universidade como Platão, criando a Academia, que era um lugar de se fazer pesquisas filosóficas e científicas, ganhando reconhecimento, estudavam Filosofia, Matemática e Ginástica. Esta não se constituía uma universidade , por ser uma escola fundada por um pensador, e nessa época  cada pensador fundava uma escola. Podemos destacar como colaborador  para a formação  e fonte dos conhecimentos a Biblioteca de Alexandria, que era junto com museu, dando origem ao maior centro de referência cultural e científico do Mundo Antigo.

 Universidade de Karueein, em Marrocos 

Diante disso vemos que existiram escolas de nível superior , antes das ideologias europeias, como exemplo temos a Grécia Antiga,China e Mundo Árabe, porém esses centros de ensino eram culturalmente diferentes possuindo várias particularidades, o que difere das que observamos hoje.

        
 Com isso a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), dentro de sua moderna definição declarou oficialmente a universidade de Karueein, fundada em Marrocos no ano de 859 d.c. como a primeira universidade do mundo, e  no ano  907 d.c. foi fundada no Cairo, no Egito, a universidade de Al-Azhar que é então oficialmente a segunda universidade mais antiga do mundo.

Biblioteca Atual de Alexandria

Dessa forma surge as universidades da Idade Média, que eram as corporações de ofício,centro de saber e conhecimento, em que os alunos seguiam seus mestres para qualquer lugar. Com o desenvolvimento das cidades e do comércio no período medieval ocidental, desenvolveu um ambiente favorável a construções de saberes. Os alunos entravam  com idade entre 12 e 15 anos, e iniciando o curso de artes liberais e com as disciplinas de trivium e quadrivium a primeira com gramática latina, retórica e dialética e a segunda era aritmética, geometria, astronomia e música. Nesse sentindo, a época a qual estamos era de poder eclesial, em que a Igreja detinha os poderes, com isso ela era que controlava a universidade a partir de permissões emitidas pela mesma.
Com isso foi a nascendo inúmeras universidades na Europa medieval, a primeira foi a de Bolonha, na Itália no ano de 1088, Oxford, na Inglaterra no ano de 1096, Páris, na França no ano de 1170, dentre outras mais universidades que estavam submetidas a Igreja.
Entre os séculos XV e XVI, entra em predominância as Universidades Renascentista, qual possuem uma visão racional, progressista em que valoriza o antropocentrismo, humanismo e o individualismo , e com a valorização da estética dos gregos e romanos, isso devido a influências do capitalismo.
Universidade de Bolonha
Vários foram os estudiosos que influenciaram na construção das universidades, Descartes foi um pensador a qual influenciou muitos outros, com sua defesa de que devemos duvidar de tudo, que não existe verdade. Assim como Kant, racionalista, em que o espaço e o tempo pertence a condição humana.
Com a expansão das universidades na Europa, estas atingiram grandes dimensões de forma a chegar na América Latina. O modelo espanhol no século XVI  chega ao México, Guatemala, Peru, Cuba, Chile , Argentina dentre outros, porém a instituição só chegou ao Brasil em 1920, por iniciativa da Coroa Portuguesa. No Brasil a Campanhia de Jesus que era responsável pela educação no território, com isso era o aprendizado voltado para fé católica de forma a aumentar os fiéis. A mudança vai começar a ocorrer com a vinda de D. João VI, que  permitiu os cursos profissionalizantes de nível médio e superior, além de cursos na carreira militar,como a Academia de Marinha em 1808 , a  Academia Real Militar em 1810, no Rio de Janeiro, para formar oficiais e engenheiros civis e militares tais incentivos que iniciariam as escolas de nível superior até o período da República.


Vinda da Família Real para o Brasil
A vinda da Família Real para o Brasil fez com que começasse fazer investimentos na educação, isso com intuito de formar as elites controladoras no país, dando privilégios ao ensino secundários e superior. Dessa forma investiu no ensino superior  de formação profissional em Medicina, Engenharia e Economia, mas esse ensino era para os filhos de aristocratas poderosos, ou seja, o ensino era para as elites. Porém essas tentativas eram controladas pela metrópole, querendo diminuir o poder da colonia, de forma que não atingisse nenhuma independência cultural e política.
Nesse sentido vale ressaltar que todas a tentativas de construção do ensino superior  no período de 1843 a 1920, não tiveram êxito, porém nesse último ano criou-se a primeira universidade, a Universidade do Rio de Janeiro, que  foi reconhecida, depois por,
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade do Brasil, e depois, em Universidade Federal do Rio de Janeiro, formada pelos cursos superiores existentes na Escola Politécnica, na Faculdade de Medicina e na Faculdade de Direito. Sendo a primeira criação legal do Governos Federal. Dessa forma o período de 1920 a 1968, foram a época de implantações das universidades, e que até hoje mantém o modelo.
Com isso a universidade, passou por diversas mudanças de forma a se encontrar o que hoje ela é, houve manifestos e lutas para que ela se tornasse uma instituição de todos, democrática, em que fosse a propulsora de uma sociedade mais igualitária, em que oferecesse oportunidades a todos.
Universidade Federal do Sul da Bahia

 Visita a CEPROG

No dia 19 de agosto de 2015, fomos a CEPROG com intuito de apresentar e divulgar para os estudantes do ensino médio a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), isso com o objetivo de mostrar as características das universidades no mundo, desde do surgimento das primeiras universidades , até os dias atuais, até chegarmos na UFSB. Dessa forma planejamos uma linha do tempo interativa, a qual  íamos montando junto com os alunos  de acordo com o que fomos explicando. Nesse sentido fomos explicando as universidades, a sua importância e a maneia com a qual ela está estreitamente relacionada e envolvida com a sociedade.Com isso fomos detalhando e exemplificando até que chegamos na apresentação na nossa universidade

Nossa Visita na CEPROG
Linha do Tempo Interativa
A experiência de poder passar um pouco de conhecimento sobre as universidades foi muito gratificante, pois tive a oportunidade de conhecer melhor a realidade das escolas da região, e pude perceber a carência e a falta de informação a respeito da UFSB, com isso o nosso foco além de apresentar a universidade a eles, foi também  incentivar  esses jovens a cursarem o ensino superior, mostrando que essa realidade não está longe deles, que a universidade é para todos nós.

Carla Ladeira Gomes da Silveira
Graduanda em Bacharelado Interdisciplinar 
em Saúde-UFSB
carlals@hotmail.com

A universidade e a sua importância.

      A universidade é para muitos um sonho, um objetivo, para outros é indiferença e sem porque. O ensino no Brasil, apesar dos avanços, continua ainda muito elitizado, ou seja, apenas quem conseguem alcançar o ensino superior são aqueles com melhores condições de vida. No entanto, medidas como o Sistema de Seleção Unificado(SISU) utilizando o Exame Nacional de Ensino Médio(Enem) tem sido implantado como uma tentativa de ampliação do ingresso de estudantes no ensino superior.
    Mas para que ingressar nesse mundo da universidade? Para que através dessa experiência, segundo o filósofo alemão Romano Guardini, o discente possa dizer e escutar a verdade. Sendo que essa instituição entra em colapso quando a verdade deixa de ser referencial quanto ao saber.
     Não é coincidência quando ao olharmos para história da universidade e vermos o quanto ela esteve presente na construção do mundo até hoje.
       Cerca de 3500 a.c. surgiu as escolas escribas dos sumérios, antigos habitantes não-semitas da Mesopotâmia, como a primeira universidade. Porém, essa ensinava apenas o tipo de escrita cuneiforme suméria e a matemática. Ou seja, o ensino auxilia no desenvolvimento. Platão criou uma Academia próximo a Atenas em um bosque, em 387 a.c. , o qual também é bastante defendida como a primeira universidade. Nela ensinava-se filosofia, matemática e ginástica. No entanto, nessa época cada pensador criava uma escola diferente, logo não podia assim ter sido construída uma universidade de fato.
       A primeira universidade declarada oficialmente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi a de Karueein, fundada em Marrocos em 859 d.c. que seguia a definição moderna de universidade. A segunda foi a de Al-Azhar que é a segunda mais antiga do mundo. Assim, as universidades surgiu na Idade Média espalhando-se pela Europa e logo em seguida pelo mundo.
      Conjunto de pesquisas e da vídeo aula com o professor e reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Naomar Monteira, vimos que na Europa as primeiras universidades foram as de Bolonha e Paris. A de Bolonha é a mais antiga e a de Paris a mais importante criada no século XII. Essa ultima foi implantada dentro das ordens religiosas católicos, o qual passou a servir de modelo para outras universidades.
Nesse período o ensino possuía a metodologia Trivium que consiste na junção de três opções de disciplina: lógica, gramática e a retórica, que objetivava o desenvolvimento da expressão da linguagem. E a metodologia do Qudrivium que é o ramo de quatro disciplinas: aritmética, geometria, astronomia e musica, sendo essas possibilizadoras para o estudo da matéria.
    Em seguida, surgiu a Reforma e a Contra-Reforma que introduziu um corte na autoridade religiosa sob as universidade, surgindo então a ciência como transformador da estrutura de ensino das universidades. Esse fim da hegemonia teológica foi graças as universidades de Florença, Roma, Nápoles e da academia Neoplatônica.
       Após algum tempo desse surgimento, inicia-se a grande crise da universidade. Essa crise institucional veio monopolizar as atenções e os propósitos reformistas. Onde a hegemonia ficou comprometida diante da crescente segmentação do sistema universitário e pela crescente desvalorização dos diplomas. Isso, devido a autonomia científica e pedagógica dependentes do Estado. Pois, houve nesse momento a perda de prioridade do ensino nas políticas públicas e pela secagem financeira das universidade públicas. As consequências dessa crise variaram de país para país.
       Em reação os estudantes nos países ocidentais mais desenvolvidos, como em Paris, Berkeley, Berlim e Boston, saem às ruas exigindo reformas, demandas políticas, expressam suas opiniões. Essa politização poderia ser vista então como um avanço na consciência e responsabilidade social dos estudantes. O qual permitiu a visualização da problemática quanto a contradição entre as características internas dos sistemas universitários e a realidade social e econômica.
        No século seguinte, o XIX, que ficou conhecido como o século da universidade, houve então a bifurcação em relação ao método de ensinos nas universidades pelo mundo, o regime linear de formação e o regime de ciclos.
        O regime linear de formação é o método implantado na maioria das universidades brasileiras. No Brasil, a primeira universidade só foi surgir em 1920 consequente a iniciativa da Coroa Portuguesa, onde a educação era prioritária para a classe elitizada, que foi a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E desde então o regime linear, ou seja, baseados em recortes profissionais, logo de hegemonia profissional continua sendo predominante.
       Enquanto que o regime de ciclos, adotado pelos modelos mais avançados de educação do mundo, como Harvard, Oxford e Maastricht, utilizam esse método com o objetivo de promover o desenvolvimento de competências e habilidades. Possibilitando o egresso a aquisição de ferramentas cognitivas que fornecem autonomia para a aprendizagem ao longa da vida, e a sua inserção na vida social de forma mais plena.
      Um exemplo da tentativa da implantação desse método no Brasil foi com a Universidade de Brasília (UnB) que nascia com a ideia de Anísio Teixeira trazida do exterior. Porém, o regime militar que tomou o poder depois do golpe de 1964, ocupou militarmente a UnB, consequentemente boicotando a implantação desse modelo de ensino.
            Atualmente a universidade é voltada para o desenvolvimento em todos os quesitos, como através do ensino, do dialogo com a sociedade e de programas de pesquisas e extensão. E esse alcance de um ensino superior vem sendo cada vez mais facilitada sem distinção de classes e quadro socioeconômico.
      Dentro dessa perspectiva de uma maior inclusão dos jovens para adentrar a universidade. Fizemos uma visita a escola pública CEPROG, com o intuito de transmitir o nosso conhecimento quanto ao surgimento e a história da universidade e também informar sobre a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
          Fomos divididos em grupos e então daríamos uma aula sobre tais assuntos. O nosso primeiro contato com os discentes do terceiro ano do ensino médio foi intimidante, pois estávamos ali representando a UFSB. Ao decorrer da apresentação a timidez dos discentes foram diminuindo e percebíamos que muitos estavam interessados em maiores informações sobre a universidade. Afinal, como uma docente deles diziam a universidade esta apenas a uma esquina deles.
     A apresentação foi voltada para a construção de uma linha do tempo interativa e conjunta. Pois, ao pensar processo, pensamos em Anísio Teixeira e em sua forma de ensinar com prática, com o fazer. Para uma maior interação e aproximação daqueles que ainda estavam tímidos, fizemos algumas perguntas sobre o assunto apresentado e presenteava-os com um pirulito com o intuito de incentivar as dúvidas para que fossem sanadas.

Esse trabalho permitiu um maior conhecimento sobre a própria universidade, o qual estou estudando. E com esse estudo permitiu a passagem desse conhecimento para o próximo, divulgando e incentivando o estudo. Foi importante conhecer a realidade da região quanto a necessidade de maiores informações a respeito dessa nova universidade o qual são de todos e para todos. Esse fato, demonstra o quão foi importante a visita a essa escola e que podemos ter feito a diferença na vida daqueles discentes que antes eram desacreditados com esse mundo vasto e acolhedor da universidade.


Hortência Silva Andrade
Graduanda em Bacharelado 
Interdisciplinar em Saúde -Vespertino- UFSB
tencia.andrade@gmail.com

                                                             História da Universidade



  Universidade sendo uma instituição de ensino e pesquisa superior englobando várias áreas do conhecimento existindo diferentes tipos como humanístico, tecnológico e artístico promovendo aos alunos uma formação profissional e científica incentivado-os a desenvolver novos saberes e novas descobertas na tentativa de modificar e evoluir de acordo com as necessidades da humanidade.
  As universidades foram criadas na Europa sendo a primeira na Itália em 1080, e logo depois a de Paris e Inglaterra, sendo ministradas pela Igreja Católica oferecendo apenas os cursos de Direito, Teologia e Medicina. Com o poder que a igreja detinha sobre o ensino superior ela que decidia os rumos do conhecimento com isso limitavam os saberes filosóficos e científicos. Só no Renascimento um movimento cultural, que permitiu que houvesse progresso em todos os campos de conhecimento.




  No Brasil a primeira Universidade foi fundada na Bahia em 1808 sendo a Escola de Cirurgia, e logo após em São Paulo tendo apenas o curso de Direito, só em 1920 que veio a do Rio de Janeiro com vários cursos de diferente áreas. Ma nessa época nem todos podiam estudar, pois só que era de família rica e tradicional que podiam frequentar a universidade.
  No entanto, as Universidades evoluíram e hoje existem diversos tipos e várias espalhados no mundo todo com vários cursos e diversas formas de ensino. No caso do Brasil existem as públicas acessíveis a todos independente da classe social e faculdades privadas que recebem incentivos do com programas do governo para que pessoas mesmo sem condições financeiras possam estudar. Todas elas geram e disseminam conhecimento.
  Com isso nós alunos de Universidade Pública, sendo a Universidade Federal do Sul da Bahia fomos levar um pouco do conhecimento sobre esse tema de forma breve para alunos do ensino médio de uma escola também pública, apresentando nosso método de ensino que foge do tradicionalismo que já é utilizado em algumas universidades Brasileiras.
  Primeiramente fizemos as devidas apresentações, depois iniciamos com o que é universidade, se todos tinham esse conhecimento, explicamos um histórico e sua evolução até os tempos atuais. Falamos sobre nossa universidade , como ocorre a entrada do estudante, os programas de apoio estudantis como as bolsas auxílios; a permanência, instalação, as iniciações científicas e tudo mais.
  Continuamos explicando sobre os 3 ciclos que possuí, o ensino interdisciplinar que ainda é muito novo em nosso país mas vem ganhando força se disseminando e aceito com positividade, a interdisciplinaridade que é dividida em áreas de conhecimento e depois escolhemos uma área para se especializar, e que caso acorra de não se identificar com  o curso escolhido pode haver troca e focar nas matérias que lhe designam a profissão almejada, com isso a taxa de evasão de estudantes diminui, já que nem todos que saem do ensino médio tem convicção de qual carreira seguir. 
  Abordamos também sobre o sistema de cotas social e racial que tem como principal foco incentivar alunos de escola pública a cursar um ensino superior, sem a ocorrência de empecilhos como a necessidade de trabalhar e não conseguir se manter estudando, e também é uma oportunidade única para eles que possuem uma universidade pública na sua própria cidade sem ter a necessidade de se deslocar para longe como muitos fazem e ainda vivenciar um aprendizado amplo que lhe oferece o saber de diversos conhecimentos formando não só um profissional para uma determinada profissão mas também um cidadão social que vai trabalhar muito bem preparado com aquilo que realmente gosta e não apenas por questões financeiras.
  Com isso notamos o grande trajeto que o ensino superior obteve desde sua criação até os dias de atuais, as dificuldades e transições que passou, evoluindo e formando grandes pensadores de áreas distintas, cada um dando sua contribuição para evolução da humanidade. Já nós que estamos apenas começando e esses que ainda estão por vir como os que conhecemos, que façamos nossa parte e nos tornamos não seres detentores de conhecimento mas também gerados e disseminadores.




IAGDA DE JESUS COELHO
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM  HUMANIDADES
SALA 6 
VESPERTINO

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O direito de aprender

O saber, o direito de aprender, um poder legitimo de cada individuo, e foi por esse direito que Anísio Teixeira lutou e ficou conhecido internacionalmente. No documentário Educação não é privilegio da série educadores brasileiros, retrata a trajetória de vida de Anísio Teixeira e suas conquistas, contada por amigos e familiares.
Anísio Teixeira foi um homem que exercitou o olhar, percebendo a necessidade do ensino para todos, sendo essa educação universal e gratuita. Ele procurava sempre transmitir um conhecimento que promovesse na população uma reflexão, ou seja, o seu pensamento era voltado para o povo e para as necessidades desse mundo.
Através do estudo em colégios jesuítas apresentou uma dedicação religiosa fazendo com que entrasse para a companhia de Jesus. Formado em Direito tornou-se então Inspetor geral de educação da Bahia, um cargo equivalente a secretário da educação. Graças a esse cargo, permitiu o contato com novos métodos de ensino, como o livro Prática de trabalhos manuais e corporais de Omer Buyse, iniciando o processo de rompimento de suas ideias católicas e florescendo as ideias voltadas para a educação.
Com o despertar para o mundo do ensinar, Anísio foi influenciado também pela filosofia de John Dewey e a sociologia de Durkheim. Esse conhecimento permitiu a compreensão da necessidade de um novo ensino e de uma nova escola que acompanhasse o processo de modernização da sociedade brasileira. Resultando no rompimento de fato de suas ideias religiosas.
A ruptura fez com que passasse a ser um livre pensador se transformando então em um missionário da educação. Conjunto da indignação da importação do método educacional europeia e americana, Anísio traça novas diretrizes para o ensino publico. Um ensino que prepara o mundo, o mundo que é construído cotidianamente com o estudo cientifico dos problemas educacionais que eram abandonados ate então.
Em 1932 foi publicado o Manifesto escola nova, onde defendia a escola publica laica e obrigatória. Ou seja, assim como Paulo Freire, Anísio apresentava a consciência da necessidade do olhar para o outro mais necessitado. Inserindo na historia o oprimido oferecendo-lhes oportunidades através do alcance de uma educação sem custo e plena.
Esse manifesto foi o estopim para a disputa entre os educadores pioneiros e os católicos, pois quem tivesse maior repercussão de suas ideias definiria o rumo da educação. Houve, também, nesse momento a criação da Universidade do Distrito Federal (UDF) que foi abortada pelo governo Vargas, pois a ideia de Anísio Teixeira foi tida como comunista.
Anísio retoma ao espaço publico após a segunda guerra mundial através do convite de Otavio Mangabeiro, governador da Bahia, assumindo a secretária de educação. Finalmente, surge à oportunidade da construção de uma escola publica, universal e laica para todos. Criando o centro educacional Carneiro Ribeiro, mais conhecido como escola parque. Uma escola que originou a educação em tempo integral para a população carente.



A educação colocada em prática e defendida por Anísio é a criação de conteúdos para a interpretação do mundo e para o fazer. Ou seja, defendia o ensino conjunto da leitura de mundo de cada individuo, como o Paulo Freire, e através desse, possibilitar a confecção de artefatos pelo próprio aluno que o fosse útil. Essa escola parque fez com que esse modelo de ensino passasse a ser conhecido internacional. Pois, além desse método, possuía também um espaço amplo para as atividade, onde esse espaço influenciava na dedicação e interesse dos educandos para o estudo.
O seu reconhecimento foi demonstrado em um convite para trabalhar no mistério da educação, na secretaria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) na década de 50. Anísio criou o Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE) ligado ao INEP, pesquisando sobre a realidade educacional no Brasil.
Essa evolução do ensino provocou novamente a reação dos religiosos por meio do Manifesto dos Bispos onde solicitavam a demissão de Anísio do INEP. Mais uma vez apontado como defensor das ideias comunistas.
Além disso, Anísio foi idealizador da Universidade de Brasília (UnB) com o apoio de Darcy Ribeiro, sociólogo focado nas questões indígenas e educacionais, no governo de Joao Goulart que foi formada de maneira revolucionária. No entanto, nos anos de chumbo com o golpe de 64, o reitor Anísio, foi retirado da universidade tomada pela cavalaria e levado para o interrogatório. Com a infindável acusação de ligação com o mundo comunista, sofrera exilio para os EUA.
Compreensivo quanto as circunstancias politicas do Brasil, acreditava que as perseguições faziam parte do processo. Exilado e conhecido internacionalmente, se torna professor visitante sem o seu prestigio ser abalado. Na volta para o Brasil, Anísio dedica-se a literatura com o intuito de permanecer e repassar conhecimento. Participou da Academia Brasileira de Letras devido o seu renome e foi morto misteriosamente em 1971.

Esse missionário da educação lutou e conquistou a educação publica, laica e universal para todos. Possibilitando a inclusão e contribuindo para a evolução do Brasil. Seu método de ensino que intercruza com os ideários do filósofo Paulo Freire permiti a leitura de mundo do educando inserido nas escolas com o método do fazer, da pratica, sendo esse ensino gratuito e de direito de cada cidadão. O fato de ser reconhecido demonstra a força e a importância de suas ideias, como definido pelo grande escritor Jorge Amado, no documentário sobre Anísio Teixeira: ‘‘Anísio foi o mais modesto dos grandes homens, o mais simples, o que menos desejou para si próprio, mas ambicioso, porém em relação ao Brasil e ao homem brasileiro. ’’.

Hortência Silva Andrade
Graduanda em Bacharelado 
Interdisciplinar em Saúde -Vespertino- UFSB
tencia.andrade@gmail.com

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

                                                         Educação Social


   Vindo de uma família de boas condições financeiras, nascido no interior da Bahia na cidade de Caetité e até então seguindo uma religião cristã Anísio Teixeira era apenas um estudante de uma escola católica, indo logo mais para a Rio de Janeiro estudar direito, sendo um sonho do seu pai que seguisse na política, mas que a partir daí começa a história de um grande pensador e educador social brasileiro.
  Foi uma ida aos Estados Unidos que despertou o interesse pela educação em Anísio, o modo de ensino lá era muito mais interessante e conveniente do que o aplicado no brasil naquela época. Voltando dos USA ele se dedica a conhecer os métodos de ensino que era utilizado, para a partir do conhecimento que ele obtinha que começaria a mudança. Como se ele quisesse encontrar a raiz do problema para depois mostrar a solução.



Convites para assumir cargos públicos no ramo da educação foram surgindo e assumindo-os, mas devido ao golpe do Estado Novo ele teve que pedir demissão por conta da perseguição que sofria. Voltando a sua cidade natal torna-se empresário, um ótimo empresário, como conta sua filha ''Babi Teixeira'', a união do saber intelectual ao processo de administração é algo que Anísio soube designar muito bem.
  Para Anísio Teixeira a educação não é um privilégio e sim um direito, essa frase resume muito bem a forma como ele educa, ele trabalha para sociedade que mais necessita, para o povo, cria escola que tem a função de educar, cuidar, proteger o aluno, dar mais acessibilidade a crianças que não tem condições de participar de diferentes atividades como nesse espaço, feito para quem realmente precisa.
  O pai de Anísio queria que ele seguisse a política, como já foi dito, mas foi esse papel que ele exerceu, incentivar e revolucionar a educação é fazer política porque esse incentivo deveria vir realmente dos políticos, pois o dever deles é esse se preocupar e revolucionar setores tão importantes tanto para o presente como para o futuro como a educação e principalmente se atentar aquelas populações menos favorecidas. No entanto Anísio fez mais que política fez cidadania, foi solidário, utópico, humano, 'fez da educação não um privilégio para poucos mas um direito para todos'.





Iagda de Jesus Coelho
BI Humanidades
Sala 6


Educação Democrática.

                                                                                                              

      Anísio Teixeira, advém de uma família rica, em que o pai era um  influente político no município de Caetité, na Bahia, e mesmo sendo de origem da elite possuía um olhar voltado para o social, com ideologias pragmáticas a fim de dar oportunidades a todos os brasileiros. Influenciado pelo sistema educacional americano embasou suas idéias em um livro americano, Métodos Americanos de Educação, e posteriormente teve também influências de John Dewey, que propunha a preparação do indivíduo para o mundo. Com esse intuito de trazer uma escola nova, fez com que esse filosofo, educador e escritor percorresse  uma trajetória de vida em que pensava-se no povo e não em uma elite intelectual.

              
              
         Nesse sentido Anísio defendia a questão dos pensamentos em prática, uma educação do fazer em que há uma valorização do trabalho com as mãos, em que envolvia descobertas e criatividades de forma a permitir ao aluno que ele desenvolva suas capacidades, dessa forma temos a prática de trabalho manuais e corporais associados ao ensino formal. E isso favorece os alunos, pois a maioria, se não todos, não tinham condições de ter vestuários ou até mesmo uma alimentação adequada,  na escola de Anísio eles tinham esse acesso, já que os próprios alunos faziam durante os ensinamentos das aulas, e isso ajudou muitos estudantes, visto que  hoje possuem uma  condição melhor devido a oportunidade  que a escola possibilitou, a escola a qual o educador defendia era um lugar onde a criança deve se sentir livre e feliz.
      
      O educador possuía um pensamento de continuum, em que  não tinha nenhum amor físico pelas idéias, só bastava convencer de novas idéias, para mudar de pensamentos, de forma a adequar, isso mostra o seu caráter de adequação a realidade. Diante disso Anísio defendia que  “ Só existirá democracia no Brasil no dia em se montar no país a máquina que prepara a democracia…Essa máquina é a escola pública”. Com isso vemos que ele acreditava em uma igualdade a partir da educação que tinha que ser oferecida aos brasileiros, uma escola pública, laica e universal.                                                         


         Dessa forma o estudioso passou por inúmeras barreiras devido ao contexto histórico que ele se encontrava, um cenário de repressão, de censura e de acusações, de forma a afetar sua trajetória, tendo que esconder de forças políticas por acusações caluniosas e ser exilado de seu país. Mas mesmo diante das perseguições Anísio ajuda a definir o modelo educacional do Brasil, criando instituto de Educação, que é para formar professores da rede pública, e para conseguir criar a Escola Nova fazem um manifesto junto com outros pensadores, pra tentar implantar esse novo modelo educacional, com isso desempenhou  um papel de extrema relevância no contexto educacional do Brasil. E não somente isso o filósofo teve participação ativa na secretaria da educação, e também um dos idealizadores da Universidade de Brasília, porém devido a ditadura, teve que ficar longe dos projetos de renovação educacionais.
           Com isso percebemos que Anísio colaborou e muito com o modelo educacional do Brasil, ajudando muitas crianças a ter acesso a um estudo de qualidade, proporcionando a estes um futuro melhor. Nesse sentido vemos que o educador tinha uma proposta de educação social, em que todos tivessem garantia de um ensino de qualidade, de modo a tornar mais igualitário as condições sociais e econômicas, almejando diminuir as disparidades da sociedade.


Carla Ladeira Gomes da Silveira
Graduanda em Bacharelado
Interdisciplinar  de Saúde-UFSB

quarta-feira, 8 de julho de 2015

A importância do saber

O mundo, a vida, o tempo não são fatores estáticos, logo, por que então o ser humano deveria ser ou se acomodar em ser seres estáticos? Como na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, assim também é o homem ou a mulher, o ser humano. A filosofia de Paulo Freire é bem explicita quanto ao homem ser seres inacabados, incompletos e a necessidade desse reconhecimento, ou seja, a necessidade de evoluir para se completar.
No livro de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, apresenta-se categorizado em exigências importantes para a ação da educação critica na formação de educadores e educandos.  E a abordagem do inacabamento do ser é para que ele possa primeiramente ter esse conhecimento e assim se despertar para o mundo aprendiz.
Através desse conhecimento tem-se então a possibilidade da aprendizagem. Freire, diz no livro ’’Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa. ’’ o qual, demonstra a existência da necessidade recíproca tanto do educador como do educando. Onde ambos são sujeitos da ação de ensinar e aprender.                                          
A obtenção desse conhecimento é pregado por Freire, no livro e no documentário Paulo Freire contemporâneo, pela metodologia da construção ou a produção do conhecimento como arquitetos e os educadores são ajudantes dessa construção. Assim, a ideia de simplesmente transferir conhecimento é negada, pois essa não permite a formação de estudantes críticos do mundo, sendo então transmitido o falso ensinar.                                                                                                   
A construção do saber guiado pelos educadores democráticos deve também reforçar e instigar nos alunos a capacidade crítica, sua curiosidade, sua insubmissão. Que resultará em alunos criadores, instigadores, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Seres capaz de lutar por ideais, de trabalhar, de ajudar o próximo, de serem conscientes da sociedade, seres transformadores do mundo.                                     
Como dito no livro e no documentário, para facilitar e incluir o educando de maneira mais dinâmica ao processo de aprender tem se o meio da utilização da leitura do mundo do educando. Essa bagagem de conhecimento permite a discussão da realidade concreta o qual o circunda. Despertando o senso critico e com a educadora a formação do pensar certo e suas opções para a construção da sua autonomia.                       
O documentário exemplifica essa construção através do projeto Ciclo de Cultura, que consiste em um programa de alfabetização, em uma época onde o direito de saber era antes negado a população. Foi feito uma pesquisa com as palavras geradoras, ou seja, as palavras que faziam parte da leitura do mundo daquela população. Algumas das palavras foram: belota, sapato, povo, voto, feira e milho. No entanto, em 1964, Freire como disse no vídeo ’’... (o governo) fez uma analise de classe que eu não tinha sido capaz de fazer. ’’. Onde houve a separação de que quem vede o voto é a massa e o povo é quem vota com consciência, logo, quem teria direito ao estudo seria o povo. Então nesse ano, ocorreu o golpe que consistia na prisão de todos aqueles que estavam nas escolas.                                                                       
O projeto politico por trás do golpe pretendia que a massa continuasse como excluída. Para que então o governo continuasse comandando sem problemas, sem revolucionários. Esse fato demonstra o poder do saber, do conhecimento.  O quanto à arte do saber pode modificar o meio.                                                           
Além disso, o livro aborda a importância da existência da ética no meio profissional e sua expressão em atitudes corriqueiras do educador. Sendo ele considerado pelo aluno um modelo representativo de como se comportar e como uma ponte para alcançar seus sonhos. Assim, essa responsabilidade do educador é grande, afinal nenhum professor passa pelos seus alunos sem deixar uma marca.

Sendo assim, é relevante destacar a importância do trabalho conjunto do educando e do educador como uma reciprocidade que resulta em um ganho do melhor entendimento. O autor, Paulo Freire, é um patrono da educação que buscou desperta a consciência da necessidade do olhar para o outro que necessita. Ele colocou o oprimido na historia e conseguiu construir uma metodologia de ensino inigualável.  Como escrito no livro ‘‘... Mudar é difícil mas é possível.’’


Hortência Silva Andrade
Graduanda em Bacharelado 
Interdisciplinar em Saúde -Vespertino- UFSB
tencia.andrade@gmail.com

                                              A forma válida para se aprender

 
      A educação é tratada por Paulo Freire como algo processual, inacabado, algo que possui categorização, ele foge totalmente do ensino tradicional, o que é muito inovador,ele demonstra um ensino muito mais instigante onde professor e aluno se unem a essa nova concepção de aprendizado utilizando a realidade como exemplo para educar.
     Categorização? Sim, no livro ele exemplifica cada forma diferente de se ensinar, cada exigência que aquele que pretende se formar como educador deve ter, são formas válidas e interessatíssimas pelo fato daquele que ensina deva possuir necessidade de aprimoramento, e não se portar como dono da verdade estando a frente dos seus alunos e direcionar apenas o certo ou o errado, mas está a frente deles e dizer que existem filosofias históricas que são reformuladas de acordo com a progresso da humanidade instigando nos alunos o desejo pela busca incessante de  conhecimento.
    O ensino tradicional nos dá uma forma objetiva de aprendizado, ele nos direciona para uma só vertente, já o que Paulo Freire nos proporciona é totalmente subjetivo, existe várias vertentes que podemos seguir e temos a liberdade de pensar e abrir um leque de opções e de ideias a quais podemos questionar e até mesmo inserir  nossa própria ideia, de aluno pensante.
    Aprender a aprender é um dos principais foco do professor, além de utilizar a realidade e atualidade  na sala de aula como instrumentos de ensino, pois aprender com aquilo que lidamos e convivemos o tempo todo é bem mais prático, é como se procurássemos uma notícia sobre economia no jornal para entender o aumento de preço dos suprimentos, os quais necessitamos diariamente, pois com aquela metodologia a qual estamos acostumados não temos a oportunidade que mesmo de forma subjetiva estarmos sempre nos informando sobre o que acontece, isso nos incentiva a pesquisar, querer saber mais e mais e nunca achar que o que sabemos é suficiente, independente da nossa formação.
    Portanto a necessidade de inovar a educação é clara, não se ensina mais o aluno apenas a escrever e ler aquilo que se escreve, mas também interpretar, pensar, discutir, formular opiniões não se limitar na buscar do conhecimento e ver no seu erro a forma correta de aprender o certo, sabendo se corrigir e ser flexível no decorrer do aprendizado para ter o bom senso de mudar a percepção quando necessário.




IAGDA DE JESUS COELHO
BI HUMANIDADES 
SALA 6 VESPERTINO
Email: iagdacoelho@hotmail.com

A Liberdade de Aprendizagem

           
             O livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, corresponde a uma corrente de pensamento que  indaga a questão da metodologia da educação, de forma que busca um novo posicionamento do corpo docente e discente. Dessa forma Freire coloca a forma de ensino em parâmetros diferenciados, em que há uma investigação, uma tematização e a problematização, a fim de desenvolver pessoas conscientes da sua própria realidade.
            Nesse sentido o livro citado, coloca tanto o aluno quanto o professor como sujeitos ativos, ou seja, ambos são colaboradores do processo de ensino o que acarreta em uma aprendizagem coletiva, em que o educando não é objeto do docente, e vice versa. Com isso vemos que, “ não há docência sem discência”, pois há uma mútua colaboração, já que quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
          Podemos perceber que em seu método de ensino está preocupado com a criticidade, que é, o desenvolvimento do discente para a construção de uma concepção  mais crítica, o aluno deixa de ter aquela visão ingênua, e passa a problematizar a realidade  a fim de poder fazer transformações na mesma. E isso só pode se conquistar a partir das experiências vividas pelo aluno e de seus processos formais, que serão trabalhados pelos docentes a partir da curiosidade do próprio discente. Como podemos ver na frase de Paulo Freire “ Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais constroi e desenvolve a curiosidade epistemológica sem a qual não alcançamos o conhecimento do objeto.”
           Com isso,vai haver um rigor metodológico que vai procurar tirar o aluno da zona de conforto, estimulado e desafiando o mesmo para desenvolver a criticidade, a fim que o educando seja formado não para viver na sociedade como ela é, mas sim, transforma-la em algo melhor. Nesse sentido a finalidade é ter um discente autônomo, que saiba aprender a aprender, que quebre paradigmas buscando novas ideologias. Diante disso vemos que ensinar não é simplesmente transferir o conteúdo,é fazer com que o discente crie e construa esse aprendizado a partir da curiosidade que o instiga, e saia completamente da  memorização mecanizada.
Paulo Freire
         
       Além disso, vamos ter no livro a questão do diálogo do professor e do aluno, isso para poder conhecer melhor o discente, as suas experiências, buscando a valorização da história de cada um para poder melhor ajudar este sujeito. Podemos destacar também que o docente deve ser um espelho para o discente, pois o ato de ensinar exige exemplo do professor. Outra questão importante é a valorização das diversidade que o docente deve ter, pois deve criar um ambiente sem preconceitos, livre de descriminação, para que os alunos sintam bem e livres para que possam ter um bom rendimento escolar.


             Com isso desenvolveu a ideia do homem como sendo ser inacabado, pois estamos em constante construção e desconstrução, visto que tudo é inacabado, conhecimentos, conceitos e a aprendizagem, e como pertencemos a tudo isso, estamos sempre sofrendo mudanças, alterações que nos proporciona o aprimoramento de novos conhecimentos, o que nos instiga cada vez mais buscar novas formas e meios de poder modificar a sociedade. Nesse sentido, a ideologia “anestesia a mente” já que se o indivíduo não possuir criticidade vai aceitar passivamente o conteúdo sem indagar, problematizar a ideia.
            Quando fazemos uma relação do documentário de Paulo Freire com o seu livro percebemos que que sua pedagogia de ensino ,voltada para a construção de um sujeito autônomo, ativo capaz de refletir para pensar em transformação, aplica-se em todas as áreas de conhecimento, desde a alfabetização, até as mais complexas áreas de conhecimento, tudo com base fundamentada em um sujeito ativo problematizador. Nesse sentido é válido ressaltar que, o processo de aprendizagem não está dissociado do mundo ao redor do aluno, pelo contrário, aprendemos a partir das experiências vivenciadas, do contato que temos com nosso entorno e o contexto social que nos envolve. Com isso percebemos a dimensão  da importância e da influência que esse educador, pedagogista e filósofo nos ofereceu.


Carla Ladeira Gomes da Silveira
Graduanda em Bacharelado
Interdisciplinar de Saúde - UFSB
carlalgs@hotmail.com