quarta-feira, 8 de julho de 2015

A importância do saber

O mundo, a vida, o tempo não são fatores estáticos, logo, por que então o ser humano deveria ser ou se acomodar em ser seres estáticos? Como na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, assim também é o homem ou a mulher, o ser humano. A filosofia de Paulo Freire é bem explicita quanto ao homem ser seres inacabados, incompletos e a necessidade desse reconhecimento, ou seja, a necessidade de evoluir para se completar.
No livro de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, apresenta-se categorizado em exigências importantes para a ação da educação critica na formação de educadores e educandos.  E a abordagem do inacabamento do ser é para que ele possa primeiramente ter esse conhecimento e assim se despertar para o mundo aprendiz.
Através desse conhecimento tem-se então a possibilidade da aprendizagem. Freire, diz no livro ’’Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa. ’’ o qual, demonstra a existência da necessidade recíproca tanto do educador como do educando. Onde ambos são sujeitos da ação de ensinar e aprender.                                          
A obtenção desse conhecimento é pregado por Freire, no livro e no documentário Paulo Freire contemporâneo, pela metodologia da construção ou a produção do conhecimento como arquitetos e os educadores são ajudantes dessa construção. Assim, a ideia de simplesmente transferir conhecimento é negada, pois essa não permite a formação de estudantes críticos do mundo, sendo então transmitido o falso ensinar.                                                                                                   
A construção do saber guiado pelos educadores democráticos deve também reforçar e instigar nos alunos a capacidade crítica, sua curiosidade, sua insubmissão. Que resultará em alunos criadores, instigadores, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Seres capaz de lutar por ideais, de trabalhar, de ajudar o próximo, de serem conscientes da sociedade, seres transformadores do mundo.                                     
Como dito no livro e no documentário, para facilitar e incluir o educando de maneira mais dinâmica ao processo de aprender tem se o meio da utilização da leitura do mundo do educando. Essa bagagem de conhecimento permite a discussão da realidade concreta o qual o circunda. Despertando o senso critico e com a educadora a formação do pensar certo e suas opções para a construção da sua autonomia.                       
O documentário exemplifica essa construção através do projeto Ciclo de Cultura, que consiste em um programa de alfabetização, em uma época onde o direito de saber era antes negado a população. Foi feito uma pesquisa com as palavras geradoras, ou seja, as palavras que faziam parte da leitura do mundo daquela população. Algumas das palavras foram: belota, sapato, povo, voto, feira e milho. No entanto, em 1964, Freire como disse no vídeo ’’... (o governo) fez uma analise de classe que eu não tinha sido capaz de fazer. ’’. Onde houve a separação de que quem vede o voto é a massa e o povo é quem vota com consciência, logo, quem teria direito ao estudo seria o povo. Então nesse ano, ocorreu o golpe que consistia na prisão de todos aqueles que estavam nas escolas.                                                                       
O projeto politico por trás do golpe pretendia que a massa continuasse como excluída. Para que então o governo continuasse comandando sem problemas, sem revolucionários. Esse fato demonstra o poder do saber, do conhecimento.  O quanto à arte do saber pode modificar o meio.                                                           
Além disso, o livro aborda a importância da existência da ética no meio profissional e sua expressão em atitudes corriqueiras do educador. Sendo ele considerado pelo aluno um modelo representativo de como se comportar e como uma ponte para alcançar seus sonhos. Assim, essa responsabilidade do educador é grande, afinal nenhum professor passa pelos seus alunos sem deixar uma marca.

Sendo assim, é relevante destacar a importância do trabalho conjunto do educando e do educador como uma reciprocidade que resulta em um ganho do melhor entendimento. O autor, Paulo Freire, é um patrono da educação que buscou desperta a consciência da necessidade do olhar para o outro que necessita. Ele colocou o oprimido na historia e conseguiu construir uma metodologia de ensino inigualável.  Como escrito no livro ‘‘... Mudar é difícil mas é possível.’’


Hortência Silva Andrade
Graduanda em Bacharelado 
Interdisciplinar em Saúde -Vespertino- UFSB
tencia.andrade@gmail.com

                                              A forma válida para se aprender

 
      A educação é tratada por Paulo Freire como algo processual, inacabado, algo que possui categorização, ele foge totalmente do ensino tradicional, o que é muito inovador,ele demonstra um ensino muito mais instigante onde professor e aluno se unem a essa nova concepção de aprendizado utilizando a realidade como exemplo para educar.
     Categorização? Sim, no livro ele exemplifica cada forma diferente de se ensinar, cada exigência que aquele que pretende se formar como educador deve ter, são formas válidas e interessatíssimas pelo fato daquele que ensina deva possuir necessidade de aprimoramento, e não se portar como dono da verdade estando a frente dos seus alunos e direcionar apenas o certo ou o errado, mas está a frente deles e dizer que existem filosofias históricas que são reformuladas de acordo com a progresso da humanidade instigando nos alunos o desejo pela busca incessante de  conhecimento.
    O ensino tradicional nos dá uma forma objetiva de aprendizado, ele nos direciona para uma só vertente, já o que Paulo Freire nos proporciona é totalmente subjetivo, existe várias vertentes que podemos seguir e temos a liberdade de pensar e abrir um leque de opções e de ideias a quais podemos questionar e até mesmo inserir  nossa própria ideia, de aluno pensante.
    Aprender a aprender é um dos principais foco do professor, além de utilizar a realidade e atualidade  na sala de aula como instrumentos de ensino, pois aprender com aquilo que lidamos e convivemos o tempo todo é bem mais prático, é como se procurássemos uma notícia sobre economia no jornal para entender o aumento de preço dos suprimentos, os quais necessitamos diariamente, pois com aquela metodologia a qual estamos acostumados não temos a oportunidade que mesmo de forma subjetiva estarmos sempre nos informando sobre o que acontece, isso nos incentiva a pesquisar, querer saber mais e mais e nunca achar que o que sabemos é suficiente, independente da nossa formação.
    Portanto a necessidade de inovar a educação é clara, não se ensina mais o aluno apenas a escrever e ler aquilo que se escreve, mas também interpretar, pensar, discutir, formular opiniões não se limitar na buscar do conhecimento e ver no seu erro a forma correta de aprender o certo, sabendo se corrigir e ser flexível no decorrer do aprendizado para ter o bom senso de mudar a percepção quando necessário.




IAGDA DE JESUS COELHO
BI HUMANIDADES 
SALA 6 VESPERTINO
Email: iagdacoelho@hotmail.com

A Liberdade de Aprendizagem

           
             O livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, corresponde a uma corrente de pensamento que  indaga a questão da metodologia da educação, de forma que busca um novo posicionamento do corpo docente e discente. Dessa forma Freire coloca a forma de ensino em parâmetros diferenciados, em que há uma investigação, uma tematização e a problematização, a fim de desenvolver pessoas conscientes da sua própria realidade.
            Nesse sentido o livro citado, coloca tanto o aluno quanto o professor como sujeitos ativos, ou seja, ambos são colaboradores do processo de ensino o que acarreta em uma aprendizagem coletiva, em que o educando não é objeto do docente, e vice versa. Com isso vemos que, “ não há docência sem discência”, pois há uma mútua colaboração, já que quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
          Podemos perceber que em seu método de ensino está preocupado com a criticidade, que é, o desenvolvimento do discente para a construção de uma concepção  mais crítica, o aluno deixa de ter aquela visão ingênua, e passa a problematizar a realidade  a fim de poder fazer transformações na mesma. E isso só pode se conquistar a partir das experiências vividas pelo aluno e de seus processos formais, que serão trabalhados pelos docentes a partir da curiosidade do próprio discente. Como podemos ver na frase de Paulo Freire “ Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais constroi e desenvolve a curiosidade epistemológica sem a qual não alcançamos o conhecimento do objeto.”
           Com isso,vai haver um rigor metodológico que vai procurar tirar o aluno da zona de conforto, estimulado e desafiando o mesmo para desenvolver a criticidade, a fim que o educando seja formado não para viver na sociedade como ela é, mas sim, transforma-la em algo melhor. Nesse sentido a finalidade é ter um discente autônomo, que saiba aprender a aprender, que quebre paradigmas buscando novas ideologias. Diante disso vemos que ensinar não é simplesmente transferir o conteúdo,é fazer com que o discente crie e construa esse aprendizado a partir da curiosidade que o instiga, e saia completamente da  memorização mecanizada.
Paulo Freire
         
       Além disso, vamos ter no livro a questão do diálogo do professor e do aluno, isso para poder conhecer melhor o discente, as suas experiências, buscando a valorização da história de cada um para poder melhor ajudar este sujeito. Podemos destacar também que o docente deve ser um espelho para o discente, pois o ato de ensinar exige exemplo do professor. Outra questão importante é a valorização das diversidade que o docente deve ter, pois deve criar um ambiente sem preconceitos, livre de descriminação, para que os alunos sintam bem e livres para que possam ter um bom rendimento escolar.


             Com isso desenvolveu a ideia do homem como sendo ser inacabado, pois estamos em constante construção e desconstrução, visto que tudo é inacabado, conhecimentos, conceitos e a aprendizagem, e como pertencemos a tudo isso, estamos sempre sofrendo mudanças, alterações que nos proporciona o aprimoramento de novos conhecimentos, o que nos instiga cada vez mais buscar novas formas e meios de poder modificar a sociedade. Nesse sentido, a ideologia “anestesia a mente” já que se o indivíduo não possuir criticidade vai aceitar passivamente o conteúdo sem indagar, problematizar a ideia.
            Quando fazemos uma relação do documentário de Paulo Freire com o seu livro percebemos que que sua pedagogia de ensino ,voltada para a construção de um sujeito autônomo, ativo capaz de refletir para pensar em transformação, aplica-se em todas as áreas de conhecimento, desde a alfabetização, até as mais complexas áreas de conhecimento, tudo com base fundamentada em um sujeito ativo problematizador. Nesse sentido é válido ressaltar que, o processo de aprendizagem não está dissociado do mundo ao redor do aluno, pelo contrário, aprendemos a partir das experiências vivenciadas, do contato que temos com nosso entorno e o contexto social que nos envolve. Com isso percebemos a dimensão  da importância e da influência que esse educador, pedagogista e filósofo nos ofereceu.


Carla Ladeira Gomes da Silveira
Graduanda em Bacharelado
Interdisciplinar de Saúde - UFSB
carlalgs@hotmail.com