quarta-feira, 24 de junho de 2015

                                             Vemos mas não enxergamos


      A primeira aula do componente curricular universidade e sociedade, iniciou com dois videos que demonstram um dos maiores problemas que pessoas no mundo inteiro ainda enfrentam, que é a falta de renda necessária ao menos para uma sobrevivência digna de um ser humano, a fome é o maior problema dessa situação, pois isso é consequência do mal investimento do governo ou ate  falta dele, que acarreta em má distribuição de renda, falta de emprego, educação adequada, entre outros.
    Mas observando aquelas pessoas que passam por esses tipos de necessidades, nos deparamos com o conformismo delas, isso passa a ser comum em suas vidas passando até por gerações em uma família, muitos até acham que nunca mudará a forma como vivem, nem se quer se despõem a mudar, até porque é claro as oportunidades de mudança são minimas e as vezes nem existem.
   Com isso situações como essas nos deparamos o tempo todo, mas achamos normal por estar sempre em nosso cotidiano e  sabemos que pode ser mudado  tanto pela sociedade quanto pelo poder público, mas que poucos se movimentam para mudar algo. Alternativas e principalmente práticas cabíveis deviriam ser formuladas para que de vez sejam aplicadas de forma homogenia, porque tem práticas que tentam reverter essa situação e até conseguiu alguns bons resultados, mas esse problema ainda persiste e precisa ser sanado.
    Contudo essas reflexões no levam a perceber as grandes diferenças que existe na sociedade, social principalmente é onde notamos que uns possuem muito mais do que realmente necessitam e outros não possuem nem o necessário, sem contar o preconceito ao qual essas pessoas estão expostas, a marginalização que elas sofrem e a falta de oportunidade. Problemas como esse merece mais atenção não só do governo mas também da sociedade.



Iagda de Jesus Coelho
Turma 1
BI humanidades

domingo, 21 de junho de 2015

O olhar corruptível

           No mundo capitalista, onde quem manda mais é quem tem melhor condição financeira e consequentemente maior poder social, percebe-se que a massa da população fica a margem desse sistema. O capitalismo rege o mundo diferenciando classes e fomentando de forma indireta ou diretamente a desigualdade.                                                                                                     No dia a dia com os compromissos e a correria de uma vida onde o lema é: o tempo é
dinheiro, enquadra-se perfeitamente o texto Vista Cansada de Otto Lara Resende. Esse texto trata sobre o olhar desatento da sociedade. Onde o olhar torna-se banalizado de tanto se vê e com isso passa-se a não enxergar. Fazendo com que as coisas básicas da vida passam despercebidas e não temos mais a consciência do que nos cerca. Afinal, quantas vezes já passamos por uma rua e notamos se nela tinha flores, um porteiro ansioso para dar um bom dia ou um homem de rua deitado no chão duro? São fatos que passam despercebidos diante da nossa visão que apenas tem o foco de atingir o objetivo do trabalho, do capitalismo. E assim com a ausência do olhar, se instala no coração o monstro da indiferença.                              Através desse olhar opaco e indiferente, os vídeos: Ilha das flores do diretor Jorge Furtado e Boca de lixo de Eduardo Coutinho retrata a diferença do olhar de cada indivíduo de acordo a sua condição social. O vídeo Ilha das flores demonstra o absurdo da escala de prioridade, onde seres humanos se encontram depois dos porcos, e isso devido unicamente à diferenciação quanto ao poder aquisitivo de cada um. Ou seja, o capitalismo promove a exclusão social. E dessa forma, de acordo a condição financeira, explicita no vídeo o desperdício de um alimento que para si não é comestível, porém, na visão de outro, é esse alimento considerado lixo o essencial para a sua sobrevivência.          


        Já o vídeo Boca de lixo mostra um ponto de vista diferente, o ponto de vista da realidade das pessoas contadas por elas mesmas. Esses catadores de lixos relatam que alguns estão ali por opção e outros pela falta da mesma, no entanto, mostra-se a construção de elos familiares com expressões de sorrisos e brincadeiras. Essas pessoas que vivem a margem da sociedade e tem consciência desse fato é expresso pela frase de um menino: ‘‘Ninguém rouba aqui não, todos trabalham. ’’, ou seja, por serem marginalizados são julgados pela sociedade e já de forma defensiva o menino diz essa frase. Logo, esses trabalhadores como qualquer outro, dependendo do tipo de visão são encarados como ladrõezinhos, que não querem trabalhar ou como trabalhadores braçais que dão duro no dia a dia para manter o sustento de suas famílias.                


           Por meio da discussão em sala de aula e das observações do texto e dos vídeos, concluo que tudo depende do ponto de vista de cada um, e com essa sociedade cada vez mais capitalista e individualista muitos dilemas sociais são cada vez mais excluídos e julgados por aqueles que tiveram oportunidades melhores. Devemos então, exercitar o nosso olhar, pois há sempre algo a ser visto, a ser valorizado. Pois, ‘‘O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. ’’, como escrito no texto Vista cansada.
 

Hortência Silva Andrade
Graduanda em Bacharelado 
Interdisciplinar em Saúde -Vespertino- UFSB

A realidade vista de perto

       A partir do material exposto em  sala de aula,  e através dos debates realizados com relação a um texto e dois videos, sendo Vista Cansada de Otto Rezende, Ilha das Flores com roteiro de Jorge Furtado, e Boca de Lixo de Eduardo Coutinho, respectivamente, foi possível desenvolver aspectos críticos e acrescentadores através da análise conjunta desses materiais.
           Nesse sentido ao fazermos uma análise do texto juntamente com os vídeos mostrados, percebemos que estão intimamente ligados. Isso porque, ao lermos o texto percebemos que o autor expõem a indiferença e o individualismo que a nossa rotina apressada e capitalista nos envolve, e faz com que passemos nossa vida olhando e não enxergando a realidade desigual e injusta que esta presente ao entorno. Diante disso pode-se unir a produção textual com o vídeo Ilha das Flores e Boca de Lixo, pois mostram às desigualdades socias, que é um produto do sistema capitalista juntamente com o descaso e o individualismo humano que se faz presente contribuindo para a miséria da população.
Mesmo vivendo naquela realidade triste,
os catadores de lixo 
conseguem ser felizes
mesmo diante de tanta desigualdade.
           Além dessa relação podemos também analisar e fazer uma distinção dos dois vídeos, pois mesmo que estejam abordando a vida marginalizada, de fome e pobreza expõem de maneiras diferentes, visto que o Ilha das Flores é colocado a visão que o autor possui sobre aquela triste realidade, o que impacta o interlocutor por ver a total inversão de valores, na parte que se fala na curta metragem: “O que coloca os seres humanos da Ilha das Flores depois dos porcos na prioridade de escolha de alimentos é o fato de não terem dinheiro nem dono.” Mostrando de forma gritante a exclusão e a forma que vivemos no sistema capitalista. Já na Boca de Lixo, mostra a parte que não estamos acostumados a ver, a realidade das pessoas contadas por elas mesmas. Ao vermos o vídeo descobrimos um lado não antes falado,  pois inverte aquele estigma que temos dos catadores de lixo, visto que alguns relatam que estão trabalhando por opção, que preferem trabalhar no lixo, do em casa de família, apesar de muitos não gostarem o que já é esperado, encontramos pessoas que gostam, e mesmo que possuindo poucas oportunidades possuem valores, sonhos, constituem famílias e vivem, da forma deles, felizes. Dessa forma conseguimos enxergar a outra realidade que a nossa vista cansada não consegue identificar.
Imagens do vídeo Ilha das Flores.
Mostram as famílias recolhendo restos de lixo/alimento.
Carla Ladeira Gomes da Silveira
Graduanda em Bacharelado 
Interdisciplinar em Saúde -Vespertino- UFSB