Vemos mas não enxergamos
A primeira aula do componente curricular universidade e sociedade, iniciou com dois videos que demonstram um dos maiores problemas que pessoas no mundo inteiro ainda enfrentam, que é a falta de renda necessária ao menos para uma sobrevivência digna de um ser humano, a fome é o maior problema dessa situação, pois isso é consequência do mal investimento do governo ou ate falta dele, que acarreta em má distribuição de renda, falta de emprego, educação adequada, entre outros.
Mas observando aquelas pessoas que passam por esses tipos de necessidades, nos deparamos com o conformismo delas, isso passa a ser comum em suas vidas passando até por gerações em uma família, muitos até acham que nunca mudará a forma como vivem, nem se quer se despõem a mudar, até porque é claro as oportunidades de mudança são minimas e as vezes nem existem.
Com isso situações como essas nos deparamos o tempo todo, mas achamos normal por estar sempre em nosso cotidiano e sabemos que pode ser mudado tanto pela sociedade quanto pelo poder público, mas que poucos se movimentam para mudar algo. Alternativas e principalmente práticas cabíveis deviriam ser formuladas para que de vez sejam aplicadas de forma homogenia, porque tem práticas que tentam reverter essa situação e até conseguiu alguns bons resultados, mas esse problema ainda persiste e precisa ser sanado.
Contudo essas reflexões no levam a perceber as grandes diferenças que existe na sociedade, social principalmente é onde notamos que uns possuem muito mais do que realmente necessitam e outros não possuem nem o necessário, sem contar o preconceito ao qual essas pessoas estão expostas, a marginalização que elas sofrem e a falta de oportunidade. Problemas como esse merece mais atenção não só do governo mas também da sociedade.
Iagda de Jesus Coelho
Turma 1
BI humanidades
quarta-feira, 24 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
O olhar corruptível
No
mundo capitalista, onde quem manda mais é quem tem melhor condição financeira e
consequentemente maior poder social, percebe-se que a massa da população fica a
margem desse sistema. O capitalismo rege o mundo diferenciando classes e
fomentando de forma indireta ou diretamente a desigualdade. No dia a dia com os compromissos e a correria de
uma vida onde o lema é: o tempo é
dinheiro, enquadra-se perfeitamente o texto Vista
Cansada de Otto Lara Resende. Esse texto trata sobre o olhar desatento da sociedade.
Onde o olhar torna-se banalizado de tanto se vê e com isso passa-se a não enxergar.
Fazendo com que as coisas básicas da vida passam despercebidas e não temos mais
a consciência do que nos cerca. Afinal, quantas vezes já passamos por uma rua e
notamos se nela tinha flores, um porteiro ansioso para dar um bom dia ou um
homem de rua deitado no chão duro? São fatos que passam despercebidos diante da
nossa visão que apenas tem o foco de atingir o objetivo do trabalho, do
capitalismo. E assim com a ausência do olhar, se instala no coração o monstro
da indiferença. Através desse olhar opaco e indiferente, os vídeos: Ilha das flores do
diretor Jorge Furtado e Boca de lixo de Eduardo Coutinho retrata a diferença do
olhar de cada indivíduo de acordo a sua condição social. O vídeo Ilha das flores
demonstra o absurdo da escala de prioridade, onde seres humanos se encontram
depois dos porcos, e isso devido unicamente à diferenciação quanto ao poder
aquisitivo de cada um. Ou seja, o capitalismo promove a exclusão social. E
dessa forma, de acordo a condição financeira, explicita no vídeo o desperdício de
um alimento que para si não é comestível, porém, na visão de outro, é esse
alimento considerado lixo o essencial para a sua sobrevivência.
Já o vídeo Boca de lixo mostra um ponto de vista
diferente, o ponto de vista da realidade das pessoas contadas por elas mesmas.
Esses catadores de lixos relatam que alguns estão ali por opção e outros pela
falta da mesma, no entanto, mostra-se a construção de elos familiares com expressões
de sorrisos e brincadeiras. Essas pessoas que vivem a margem da sociedade e tem
consciência desse fato é expresso pela frase de um menino: ‘‘Ninguém rouba aqui
não, todos trabalham. ’’, ou seja, por serem marginalizados são julgados pela
sociedade e já de forma defensiva o menino diz essa frase. Logo, esses
trabalhadores como qualquer outro, dependendo do tipo de visão são encarados
como ladrõezinhos, que não querem trabalhar ou como trabalhadores braçais que dão
duro no dia a dia para manter o sustento de suas famílias.
Por meio da discussão em sala de aula e das observações do
texto e dos vídeos, concluo que tudo depende do ponto de vista de
cada um, e com essa sociedade cada vez mais capitalista e individualista muitos
dilemas sociais são cada vez mais excluídos e julgados por aqueles que tiveram
oportunidades melhores. Devemos então, exercitar o nosso olhar, pois há sempre
algo a ser visto, a ser valorizado. Pois, ‘‘O hábito suja os olhos e lhes baixa a
voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos.
’’,
como escrito no texto Vista cansada.
Hortência Silva Andrade
Graduanda em Bacharelado
Interdisciplinar em Saúde -Vespertino- UFSB
A realidade vista de perto
A partir do material exposto em sala de aula, e através dos debates realizados com relação a um texto e dois videos, sendo Vista Cansada de Otto Rezende, Ilha das Flores com roteiro de Jorge Furtado, e Boca de Lixo de Eduardo Coutinho, respectivamente, foi possível desenvolver aspectos críticos e acrescentadores através da análise conjunta desses materiais.
Nesse sentido ao fazermos uma análise do
texto juntamente com os vídeos mostrados, percebemos que estão intimamente
ligados. Isso porque, ao lermos o texto percebemos que o autor expõem a
indiferença e o individualismo que a nossa rotina apressada e capitalista nos
envolve, e faz com que passemos nossa vida olhando e não enxergando a
realidade desigual e injusta que esta presente ao entorno. Diante disso pode-se
unir a produção textual com o vídeo Ilha das Flores e Boca de Lixo, pois
mostram às desigualdades socias, que é um produto do sistema capitalista
juntamente com o descaso e o individualismo humano que se faz presente
contribuindo para a miséria da população.
Mesmo vivendo naquela realidade triste, os catadores de lixo conseguem ser felizes mesmo diante de tanta desigualdade. |
Além dessa relação podemos também analisar
e fazer uma distinção dos dois vídeos, pois mesmo que estejam abordando a vida
marginalizada, de fome e pobreza expõem de maneiras diferentes, visto que o
Ilha das Flores é colocado a visão que o autor possui sobre aquela triste
realidade, o que impacta o interlocutor por ver a total inversão de valores, na
parte que se fala na curta metragem: “O
que coloca os seres humanos da Ilha das Flores depois dos porcos na prioridade
de escolha de alimentos é o fato de não terem dinheiro nem dono.” Mostrando de forma gritante a exclusão e a
forma que vivemos no sistema capitalista. Já na Boca de Lixo,
mostra a parte que não estamos acostumados a ver, a realidade das pessoas
contadas por elas mesmas. Ao vermos o vídeo descobrimos um lado não antes
falado, pois inverte aquele estigma que
temos dos catadores de lixo, visto que alguns relatam que estão trabalhando por
opção, que preferem trabalhar no lixo, do em casa de família, apesar de muitos
não gostarem o que já é esperado, encontramos pessoas que gostam, e mesmo que
possuindo poucas oportunidades possuem valores, sonhos, constituem famílias e
vivem, da forma deles, felizes. Dessa forma conseguimos enxergar a outra
realidade que a nossa vista cansada não consegue identificar.
Imagens do vídeo Ilha das Flores. Mostram as famílias recolhendo restos de lixo/alimento. |
Carla Ladeira Gomes da Silveira
Graduanda em Bacharelado
Interdisciplinar em Saúde -Vespertino- UFSB
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